domínios dos enfermeiros nos ensaios clínicos | Author : Cristina Santos; Maria Girão; Carine Loipes; Albertina Santos; Esmeralda Barreira; Susana Silva; Susana Marques; Inês Claro | Abstract | Full Text | Abstract :Os ensaios clínicos pretendem compreender e verificar a ação e os efeitos dos fármacos com
métodos científicos comprovados, garantindo sempre a segurança dos participantes voluntários. Todos
os ensaios clínicos são regulados pela lei internacional e nacional, que vai sendo revogada e
aprovada de acordo com o desenvolvimento do conhecimento nesta área.
Para garantir a exequibilidade dos ensaios é necessário a existência de uma equipa pluridisciplinar,
na qual o profissional de enfermagem tem um papel preponderante nas várias fases de todo o processo.
Esta equipa tem a responsabilidade de assegurar que os direitos e bem-estar dos participantes
sejam salvaguardados, bem como garantir que toda a informação produzida seja precisa, verificável
e replicável.
A oncologia é uma área em desenvolvimento, onde os ensaios clínicos são essenciais para avaliar
novos métodos de diagnóstico, tratamento e rastreio e ainda a eficácia e segurança de novos medicamentos. |
| covid-19: a resposta do serviço de pediatria do ipo lisboa | Author : Ana Correia; Daniela Graça; Elisabete Caldeira; Gonçalo Guerreiro | Abstract | Full Text | Abstract :A pandemia COVID-19 colocou uma séria pressão nas instituições de saúde, tornando-se uma
das principais preocupações da sociedade científica, e no geral, uma vez que acarreta consequências
a todos os níveis do cuidar.
À medida que os conhecimentos sobre o vírus evoluem, geram-se inconsistências e dificuldades, havendo
necessidade de mudança e adaptação. Assim, torna-se urgente a orientação dos profissionais
de saúde e das famílias de crianças com doença oncológica sobre as adaptações dos serviços de saúde,
protegendo a saúde e a segurança da equipa multidisciplinar, crianças e famílias.
No presente artigo será abordada a resposta do Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia
de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG) ao atual contexto pandémico, enquanto centro de referência
para o tratamento de crianças com cancro, de forma a dar continuidade à prestação de cuidados
médicos e de Enfermagem de qualidade e excelência, indo de encontro às necessidades específicas
das crianças e das suas famílias. |
| vivências relacionais significativas associadas ao cuidar dos adolescentes com doença oncológica no pós-diagnóstico | Author : Sonia Figueira, Manuel Gameiro | Abstract | Full Text | Abstract :As vivências relacionais cuidativas significativas surgem na interação dos adolescentes
com as diversas pessoas com quem contracenam, acabando por mediar a sua própria vivência da
doença oncológica. Assim, este estudo visou: Compreender as vivências relacionais significativas
dos adolescentes com doença hemato-oncológica associadas ao cuidar, na fase diagnóstica. Uma
investigação empírica de tipo qualitativo, de cariz fenomenológico interpretativo (método processual
de Giorgi). Foram entrevistados 9 adolescentes portugueses, em tratamento oncológico.
Da estrutura essencial das vivências, obtida de forma indutiva, evidenciam-se 4 dimensões experienciais:
Relacionando-se com pessoal hospitalar; Mantendo relação com amigos; Valorizando apoio
familiar e Valorizando relação com outras pessoas. Nas relações cuidativas enfermeiro-adolescente,
este valoriza: proximidade, envolvimento do enfermeiro no cuidado prestado, apoio, boa disposição;
disponibilidade para dialogar; e o encorajamento para enfrentar e superar a doença.
Os enfermeiros devem encorajar os adolescentes a partilhar emoções e expetativas, com vista a
integrar, progressivamente e pró-ativamente, a doença, não descurando especificidades individuais
nas vivências. |
| alimentação em fim de vida: qual o caminho? | Author : Patricia Alves; Célia Oliveira; Marta Basto | Abstract | Full Text | Abstract :A alimentação está presente de forma permanente na nossa vida, sendo necessária por questões
de sobrevivência e pautada por aspetos psicológicos, socioculturais e espirituais. Devido ao
avançar da doença e às alterações alimentares que surgem, em fim de vida, a alimentação torna-se
ainda mais complexa e é, muitas vezes, um tema de controvérsia entre a pessoa, a família e os profissionais
de saúde, nomeadamente o enfermeiro, que está presente em todos os momentos relacionados
com a alimentação. As alterações alimentares induzem, muitas vezes, ao questionamento dos
envolvidos sobre as intervenções mais adequadas e ponderando o uso da alimentação e hidratação
artificiais. O presente artigo apresenta uma análise crítica baseada na revisão da literatura, acerca
das alterações alimentares da pessoa em fim de vida e da controvérsia da alimentação e hidratação
artificiais nesta fase da vida, espelhando a complexidade deste fenómeno. Conclui-se que a alimentação
em fim de vida deve ser um processo individualizado com a pessoa e maximizando o seu conforto |
| igestsaúde – a autogestão dos sintomas na pessoa em tratamento de quimioterapia: um estudo de consensos | Author : Carla Sousa; Bruno Magelhães: Marisa Rafael, Carla Fernandes; Célia Santos | Abstract | Full Text | Abstract :O tratamento de quimioterapia tem o potencial de provocar um conjunto de sintomas
adversos, com repercussões significativas no bem-estar e qualidade de vida da pessoa, fazendo
emergir necessidades específicas em cuidados de saúde.
Objetivo: Consensualizar, com um grupo de peritos, orientações terapêuticas de suporte à autogestão
dos sintomas: anorexia, dor, diarreia e obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia.
Método: Estudo quantitativo, descritivo, desenvolvido a partir da técnica de Delphi, em três rondas,
integrando um painel de 22 enfermeiros, peritos na área da doença oncológica/intervenção
na pessoa em tratamento de quimioterapia.
Apresentação dos resultados e discussão: Os consensos obtidos permitiram a validação de 98,8%
das orientações terapêuticas propostas, com predomínio do nível de consenso elevado, sendo que,
apenas duas orientações terapêuticas não obtiveram consenso e nenhuma reuniu critérios de exclusão.
As orientações terapêuticas consensualizadas para os sintomas anorexia, dor, diarreia e
obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia encontram-se essencialmente dirigidas
para a gestão dos regimes dietético, medicamentoso e atividade física.
Conclusão: As orientações terapêuticas consensualizadas pelo grupo de peritos poderão contribuir
para a aquisição de capacidades que permitam à pessoa assegurar o seu autocuidado da forma mais
autónoma possível, capacitando-a no processo de autogestão dos sintomas anorexia, dor, diarreia
e obstipação, associados ao tratamento de quimioterapia. |
| symptomatic burden amongst myeloproliferative neoplasm patients: mpn-10 prospective assessment in a portuguese cohort | Author : Maria Sarmento; Sandra Ponte; M. José MOnteiro; Zilda Moura; | Abstract | Full Text | Abstract :Introduction: Myeloproliferative neoplasms (MPN), including polycythemia vera (PV), essential
thrombocythemia (ET), and myelofibrosis (MF), significantly impact patients’ quality of life (QoL). The
symptom burden assessment and continuous monitoring using the MPN Symptom Assessment Form Total
Symptom Score (MPN-10) allows detecting symptomatic changes that may be signs of disease progression
and can be used as an indicator of the need to reassess disease progression and/or therapeutic approach.
Methods: Prospective multicenter registry of Portuguese MPN patients, including patients’ demographics
and clinical characterization, and disease symptomatic burden based on MPN-10.
Results: Overall, 324 patients were included, male to female ratio 0.7:1, median age 71 years old, median
disease duration >3 years. Most patients had ET (63%), 24% PV, and 13% MF. Around 70% were being
treated with hydroxyurea, 31% were on recommended low-dose aspirin, 9% needed phlebotomy, 4%
received ruxolitinib, and <2% interferon. Most reported symptoms include fatigue, inactivity, itching, and
concentration problems. PV and ET patients’ total symptom score significantly improved from baseline until
last follow-up visit. The itching had a significant improvement over baseline for PV patients, as did fatigue,
inactivity, concentration problems, and night sweats in ET patients.
Conclusions: The systematic application of the MPN-10 led to a more in-depth knowledge of patients and
their symptoms, which, together with analytical changes, motivated therapeutic readjustments that led to
QoL gains. Future analysis of this cohort should be conducted to refine these results |
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