O artigo reflete sobre como a narrativa jornalística configura os desastres e apresenta alguns indicadores para a análise deste tipo de cobertura: “Denominação do desastre”, “Eixo temporal da cobertura”, “Relações causa/impacto/consequência/soluções”, “Evocação/papel das fontes” e “Acionamento de explicações técnico- científicas”. Os indicadores são ilustrados com exemplos de uma cobertura sobre um desastre provocado por chuvas extremas na cidade do Rio de Janeiro (Brasil).

Querida tierra oscureciendo, que con paciencia soportas los muros que construimos. Tal vez permitas que las ciudades duren una hora más (...) Antes de que vuelvas a ser bosque y agua y desierto creciente, en ese momento de terror inconcebible, en el que retirarás tu imagen de todas las cosas. Rainer Maria Rilke La cita de Rilke orienta las reflexiones hacia la continua tensión cultural, predominantemente Occidental, para someter el medio ambiente y transformarlo en “recurso” de su propio consumo, así como señala un momento venidero de repliegue civilizatorio ante la fuerza de su propia destrucción y de la ineludible reacción de la naturaleza que lo “soporta” con “paciencia”. El presente número reflexiona sobre ese “momento de terror inconcebible” de la actual crisis planetaria, para revisar tres cuestiones fundamentales de sus repercusiones, la búsqueda de alternativas regionales y los desafíos de su cobertura

Este artículo expone los resultados cualitativos de una investigación realizada sobre radios comunitarias en Ecuador, partiendo de dos preguntas: ¿qué ha sido de las emisoras locales que, en 2014, aprovecharon la oportunidad abierta por la Ley Orgánica de Comunicación para convertirse en comunitarias? ¿han logrado la sostenibilidad económica, institucional y social? El trabajo de campo se ha centrado en el estudio de cuatro estudios de casos. Los resultados, obtenidos a través de entrevistas en profundidad y observación participante, ponen sobre la mesa una discusión: la distancia entre las expectativas que encontramos en las emisoras a raíz de la aprobación de la LOC y la realidad mostrada cuando, cinco años después, se inicia la reforma de la ley.

Este artículo sintetiza el diálogo realizado entre el profesor PhD. Arturo Escobar y el Dr. Manuel Chaparro en torno a los ejes de sociedad, cultura y los desafíos de nuevos modelos divergentes para la comunicación. Aborda cuestiones clave sobre las críticas y transiciones hacia nuevos mundos y las propuestas y visiones alternativas para superar las nefastas consecuencias y crisis debido a la hegemonía del desarrollismo a nivel ambiental, social y de respeto a los derechos humanos y de la naturaleza tomando como eje las propuestas del buen vivir y posdesarrollo, especialmente inscritas en los debates del posdesarrollo.

A cobertura de temas ambientais, historicamente pouco e mal realizada, na última década vêm se defrontando com novas questões, as quais dizem dos tempos nos quais vivemos. Se em função da especificidade do tema, muitas vezes demasiado abstrato e localizado, a formação jornalística não encontra ferramentas para conectar com o noticiário ancorado no factual, quando versões pouco ortodoxas acerca de questões ambientais emergem e ganham força, surge um dilema: qual o limite de reproduzir discursos de fontes oficiais, independentemente de sua relevância e precisão, em nome da dita objetividade jornalística? Assim, a guerra de narrativas que assola o planeta tem tornado ainda mais árdua a tarefa de narrar o mundo: o negacionismo climático e os movimentos que advogam o terraplanismo fazem terra arrasada de debates que pareciam superados, tornando mais uma perspectiva algo que é consensual no campo científico. Não obstante a gravidade desta situação quando o que está em jogo são temas complexos e de alta abstração, recentemente enfrentamos também a recusa do reconhecimento de questões absolutamente materiais, como quando, diante das queimadas que destroem o Pantanal e a Amazônia, deixando um rastro visível de mortes e destruição, há quem diga que não há fogo.

Este estudo empreende uma reflexão sobre a inovação no jornalismo científico, com enfoque nos conteúdos e narrativas produzidos pelo Laboratório de Comunicação Multimídia (LabCom) do Museu Paraense Emílio Goeldi, a mais antiga instituição de pesquisa na Amazônia brasileira. Busca-se explorar o modo como essa secular instituição atua em possíveis tendências inovadoras no jornalismo em tempos de convergência. Sob esta perspectiva, o artigo investiga, especificamente, os especiais multimídia produzidos pelo LabCom do museu, voltados à inovação na comunicação científica a fim de visibilizar suas ações e valorizar a cidadania e a democratização do conhecimento na Amazônia.

Esta proposta compara de que forma dois sites de notícias do Brasil e de Portugal, o G1 e o SIC Notícias, têm apresentado a cobertura ambiental durante a pandemia e se há cruzamento das pautas climática com a disseminação do coronavírus. Realizamos uma coleta a partir da combinação de palavras-chave nos dois veículos, entre março e junho de 2020, e analisamos, por meio de categorizações temáticas, quais são as crises que são evidenciadas em cada um dos países, assim como os enfoques mais recorrentes em cada um deles. Dentre os resultados, destacamos a compartimentalização das crises e um enquadramento mais global nas notícias em Portugal, diferente do foco nacional identificado no Brasil decorrente do aumento das queimadas e desmatamento.

El estudio analizó el tratamiento informativo del cambio climático (CC) de los medios de comunicación de América Latina durante las cumbres mundiales de Lima, (2015), París (2015) Marruecos (2016) y Bonn (2017). Los resultados del análisis de contenido de 339 piezas informativas mostraron la prevalencia de los marcos políticos, seguido de relaciones internacionales. Las fuentes políticas, destacados en el papel de colaboradores, dominaron el debate sobre el clima. Las noticias tienden a reflejar un tono conformista y mencionar alguna solución. El estudio concluye que las historias tienen un enfoque internacional y no derivan a las necesidades locales de temas relacionados con la crisis climática.

Los medios de comunicación, como actores estratégicos del cambio climático, están llamados a asumir su rol de informadores y educadores de audiencias. Así, nace esta investigación con el objetivo de definir y analizar el tratamiento del cambio climático en televisoras locales. Para ello, se establece como caso de estudio la ciudad de Loja. Se utiliza una metodología de enfoque mixto, dividida en dos etapas: en la primera, se realiza el análisis de contenido (framing) de los noticieros de las cuatro televisoras de la localidad (1052 ediciones); en la segunda etapa, se desarrolla entrevistas a profundidad a directivos de las televisoras. Como resultado se establece un diagnóstico del tratamiento mediático del cambio climático en los contextos urbanos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) destacou em 2019 que a população mundial vivendo em áreas urbanas chegou a 55% tendendo a crescer a 70% até 2050. Mas as cidades ainda carecem de políticas públicas de resiliência com objetivo de mitigar os efeitos e adaptar sua infraestrutura urbana diante da mudança climática (PBMC, 2016). Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul (Brasil), já foi atingida por ciclones e inundações, estiagem e ondas de calor, entre outros efeitos. Considerando a importância da notícia devido à capacidade de nutrir a “ação política possível” e mobilizar as comunidades (Park, 2008), o artigo recorta uma análise de conteúdo qualitativa da circulação de informações pelos agentes públicos e jornais locais sobre a crise climática.

Apresentamos um artigo de natureza reflexiva e factual, em uma circunstância de emergência, que parte de investigações anteriores sobre a comunicação em rede do movimento ambiental, e de uma leitura contemporânea sobre o midiativismo socioambiental, para discutir as estratégias comunicativas frente a um cenário de ataques diretos ao trabalho realizado por organizações ambientalistas. Nesse sentido, propomos uma discussão teórica alinhada a uma pesquisa exploratória sobre as possibilidades midiativistas, ancoradas nas práticas comunicativas de dois atores sociais desse campo ambiental Greenpeace Brasil e Instituto Socioambiental, para avaliar como respondem (ou não) às afrontas governamentais. Para além de entender as transformações dos ativismos, debater as propostas atuais e propor encaminhamentos, ensaiamos o manifesto: o que resta ao midiativismo socioambiental?

Os riscos urbanos (Veyret, 2007) representam um desafio de gestão, pela sua complexidade socioambiental. As ameaças de rompimento das barragens de contenção de minério próximas a cidades no Brasil demonstram a prevalência da maximização do lucro (Leff, 2000) em detrimento à segurança, levando-se em conta as catástrofes de Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Este estudo entende que o jornalismo, diante do contexto de riscos urbanos, além de informar, deve estimular a sociedade a se mobilizar para participar na vida pública (Reginato, 2019). Assim, buscamos verificar os enquadramentos das notícias coletadas em 2019 de três jornais digitais, Brasil de Fato, HuffPostBrasil e Nexo, a fim de identificar como esses periódicos tratam o assunto e possibilitam a mobilização das comunidades afetadas.

A pesquisa fez uma avaliação de qualidade experimental da cobertura do Jornal Nacional (JN) sobre a temática ambiental, com base no requisito relevância. A metodologia empregada foi a do Guia da Agenda Jornalística (GAJ), que compara a relevância dos temas nas agendas monitoradas (agendas política/governamental e pública) com a relevância dos temas presentes na agenda do JN. Quanto mais convergentes, em tese, maior será a qualidade da cobertura. O resultado apontou que o JN produziu uma boa cobertura, mas provocou saturação de alguns subtemas enquanto outros tenderam à retração ou à invisibilidade. O diagnóstico pode contribuir para o JN aperfeiçoar sua abordagem sobre a temática e auxiliar os agentes da área ambiental no monitoramento e proposição de pautas.

En América Latina y en Colombia la adopción de modelos económicos y políticos extractivistas, han caracterizado los últimos dos gobiernos nacionales cuyos planes de desarrollo, le han apostado a la expansión de proyectos minero-energéticos y el fortalecimiento de la inversión extranjera con la denominada confianza inversionista; mediante políticas gubernamentales enfocadas a agilizar procesos de exportación de materias primas. En este panorama los medios de comunicación han cohonestado con gobiernos, grupos económicos y sectores políticos, sus discursos han favorecido la invisibilización de los conflictos socioambientales, sus causas estructurales y las respuestas de las comunidades. Una situación que dista de la construcción de opinión pública y de la democracia misma.

Narrativas que legitimam os interesses de grupos sociais e suas relações de poder revelam a comunicação como fator estratégico de naturalização ou ruptura com determinadas violências pouco percebidas nos discursos sociais e bens culturais. O livro organizado por Alessandra Ferné e Amador Iranzo, "Comunicación para el cambio social: propuestas para la acción", vem ao encontro da perspectiva crítica dos chamados Estudos para a Paz (Peace Studies). De caráter multidisciplinar, esta abordagem crítica encontra na comunicação um importante espaço para a identificação e denúncia de violências, assim como para a reflexão e criação de estratégias que visam a mudança de realidades opressoras. A coletânea apresenta diversas narrativas transformadoras que possam romper com a cultura de violência que insiste em naturalizar-se e normalizar-se em nossa memória individual e coletiva.

La investigación examinó la posibilidad de que artículos periodísticos sobre problemas relacionados con el plástico fomenten comportamientos proambientales. Se realizó un análisis textual a cinco noticias publicadas en el periódico digital más leído en Colombia. Se revisaron los elementos informativos que explícitamente señalaban una relación entre el comportamiento humano y los problemas ambientales. En un segundo momento, se identificaron apartados que indicaran directa y detalladamente la manera de actuar para mermar o detener dicha problemática. Finalmente, se ubicaron elementos que implícitamente podrían incentivar cambios en las conductas. Se concluye que unos principios para el periodismo proambiental pueden ser un enfoque antropogénico, la información exhaustiva y la función educativa que además de concientizar llame a la acción.

El presente estudio compara la representación social de la labor científica de niños y niñas chilenos y catalanes sobre las personas que desarrollan trabajos científicos. La metodología es un análisis porcentual de los resultados de DAST – Draw a scientist test – que permite conocer desde el dibujo infantil la representación científica que existe de los y las profesionales de las ciencias. A modo de conclusión fue posible establecer que no existió una gran diferencia sobre la imagen estereotipada de los profesionales de la ciencia. Sin embargo tanto las niñas chilenas como españolas dibujaron más mujeres que los niños participantes, dejando abierta la mirada de género frente a esta técnica para estudios posteriores.

Esta colaboración plantea una revisión en torno a la noción de participación digital, concepto difuso que adolece de falta de precisión y del que no es posible hoy aportar una definición acabada y definitiva, habida cuenta de los cambios constantes que la innovación tecnológica opera sobre los procesos involucrados en las distintas formas en que actualmente la ciudadanía lleva a cabo dicha participación. No obstante, se presenta como un concepto clave para entender al sujeto contemporáneo y sus prácticas en el ecosistema digital, para entender los nuevos procesos de comunicación y sus audiencias, así como para avanzar en la construcción de una auténtica ciudadanía digital activa y empoderada. Este acercamiento a la noción de participación se lleva a cabo, en primer lugar, desde las distintas trayectorias a las que remiten hoy las prácticas de participación online y, en segundo lugar, desde la intensidad de participación o lo que es lo mismo, el grado con que el sujeto se implica en dichas prácticas.

El presente estudio compara la representación social de la labor científica de niños y niñas chilenos y catalanes sobre las personas que desarrollan trabajos científicos. La metodología es un análisis porcentual de los resultados de DAST – Draw a scientist test – que permite conocer desde el dibujo infantil la representación científica que existe de los y las profesionales de las ciencias. A modo de conclusión fue posible establecer que no existió una gran diferencia sobre la imagen estereotipada de los profesionales de la ciencia. Sin embargo tanto las niñas chilenas como españolas dibujaron más mujeres que los niños participantes, dejando abierta la mirada de género frente a esta técnica para estudios posteriores.

Para el marxismo, la cuestión del sujeto es fundamental. Quién debía hacer la revolución y, sobre todo, por qué, produjo una intensa literatura que fue interrumpida cuando ciertas lecturas de la obra de Vladímir Lenin se convirtieron en discurso oficial del comunismo internacional: la clase trabajadora, como elemento objetivo dentro de las relaciones de produccion, debía liderar la revolución hacia el socialismo en alianza con otras clases. Para el caso ecuatoriano, la organización llamada a defender esta tesis fue el Partido Comunista del Ecuador (PCE), enmarcado dentro de la órbita soviética. Sin embargo, el estudio de su propaganda nos ofrece una disputa discursiva al interior mismo del Partido entre la visión clasista tradicional y una populista de latinoamericano. Un concepto, el pueblo, que amplía los márgenes de la ortodoxia, pero cuyo uso extendido revela una posición ambigua sobre la posición del PCE respecto al sujeto revolucionario.