Abstract :Este trabalho objetiva discutir o testemunho como acontecimen-to, observando os mecanismos discursivos que materializam a verdade como exercício ético-político no contexto da Justiça de Transição para instauração da reparação política. A centralidade da discussão foi dada na relação memória e afetos no contexto de institucionalização do dizer que caracteriza os testemunhos de indígenas dados à Comissão Nacional da Verdade (CNV). Do ponto de vista operacional, foi dado atenção especial ao que, nos testemunhos, deixa entrever a relação memória, (res)sentimentos e reconciliação no exercício do dever de memória. Para execução do traba-lho foi selecionado como corpus testemunhos de indígenas registrados no Relatório Final da CNV.