"Professores-Youtubers": análise de três canais do youtube voltados para o ensino de História |
Author : Tarcísio Moreira Queiroga Júnior; Tereza M. Spyer Dulci |
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Abstract :Este artigo é fruto de uma pesquisa que procurou compreender como se dá o processo de ensino de História no YouTube, a partir de um estudo de caso de "professores-youtubers". Investigou-se youtubers que utilizam a plataforma como espaço para publicar suas aulas, produzir e divulgar conhecimento histórico. Diante da atual conjuntura das novas tecnologias de informação e comunicação disponíveis, que aos poucos vão conectando e transformando as práticas educacionais, buscou-se analisar três canais no YouTube entre os mais visualizados no Brasil voltados para o ensino de História: “Leitura ObrigaHistória”; “Se Liga Nessa História”; “Vamos Falar de História?”. O objetivo central é compreender a relação desses youtubers com a plataforma, dentro da cultura participativa da Web 2.0, juntamente com o ensino de História e seu público. |
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Editorial |
Author : Karla Leandro Rascke; Geovanni Gomes Cabral |
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Abstract :Editorial do v. 1, n. 1 da Escritas do Tempo. |
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Identidades em Santa Catarina - A negação do outro e a celebração da especificidade |
Author : Maristela Santos Simão; Angelo R. Biléssimo |
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Abstract :O presente artigo tem por objetivo discutir processos de construção de identidades no Estado de Santa Catarina, no Brasil. Apresenta e discute alguns marcos históricos, em um esforço de cronologia que busca aprofundar a compreensão dos modos pelos quais o campo da cultura é utilizado no estado, muitas vezes, em uma estratégia de segregação, não só com o objetivo de definir quem faz parte mas também, muito especialmente, quem deve ser excluído. Propõe-se, ao mesmo tempo, avançar na discussão de alguns conceitos que permeiam o debate, tendo como horizonte um esforço de superação das desigualdades e de valorização da diversidade de origens das populações catarinenses. |
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O quadro de perseguição à feitiçaria no mundo português quinhentista através da produção dos discursos patriarcal e misógino |
Author : Marcus Vinicius Reis |
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Abstract :Este trabalho busca identificar e analisar como foram produzidos e difundidos os discursos morais, exarados por instâncias religiosas e civis, responsáveis diretamente pela sustentação de determinados padrões de masculinidade e de feminilidade que vigoraram de forma hegemônica no mundo português do século XVI. Para tanto serão analisadas as normas legais vigentes nesse contexto, como as Ordenações Manuelinas, além dos tratados morais e religiosos que contribuíram para a definição desses padrões. O Tribunal do Santo Ofício também será objeto de investigação, pois tratou-se de instância de poder que contribuiu decisivamente para a manutenção desses padrões ao intentar controlar as consciências religiosas dos católicos. A partir desses dois eixos, pretende-se investigar como a formatação do delito da feitiçaria nesse espaço foi acompanhado pelo processo de delimitação desses padrões, em que a figura da feiticeira representou a subversão de uma determinada ordem social.
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A escrita como patrimônio: O queijo e os vermes, de Carlo Ginzburg e sua influência na historiografia contemporânea |
Author : Angelo Adriano Faria de Assis; Yllan de Mattos |
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Abstract :Este artigo tem como objetivo analisar o impacto na historiografia, tanto internacional quanto brasileira da obra O Queijo e os Vermes, do historiador italiano Carlo Ginzburg, lançada em 1976 na Itália e depois traduzida e publicada em vários países. Neste sentido, o trabalho traça uma breve apresentação da biografia e da produção historiográfica do autor, dos destacados representantes da Micro-História, e analisa as principais ideias presentes em O Queijo e os Vermes, bem como sua aceitação e críticas. Passados mais de quarenta anos de sua publicação, busca-se compreender a influência que este trabalho continua a exercer sobre os estudos produzidos por historiadores de todos o mundo. |
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Candeeiro, esteira e giz: narrativas da alfabetização no mobral entre os anos 1970-1980 |
Author : Bianca Nogueira da Silva Souza |
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Abstract :O Movimento brasileiro de Alfabetização – Mobral – é um produto do governo militar em toda sua extensão (1964-1985). Como tal ele carrega as credenciais de quem o gerou, nutriu e pôs em vigência. Ao longo dos dez anos de sua existência o Mobral perseguiu o ideal de “erradicar o analfabetismo no país” à medida que, com suas práticas, buscava conferir graus crescentes de legitimidade a um regime de exceção. Este trabalho pretende pôr em discussão interesses, alcances, fragilidades e a herança histórica deixada pelo Mobral para os anais da educação brasileira. Para isso analisei-o tanto em seus aspectos materiais quanto humanos dentro da estrutura do governo, a partir de relatos orais de memória com personagens que compuseram este cenário, cartas escritas por alunos e alfabetizadores, jornais didáticos, cartilhas de alfabetização e seus recursos imagéticos. Com base nessas fontes pude criar, como faz um artesão com seus retalhos, um mosaico da história da educação popular no Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. Os resultados encontrados pela pesquisa apontam para uma ressignificação do Mobral enquanto projeto pedagógico e ideológico ao longo do tempo: de sinônimo de alfabetização e desenvolvimento humano a sigla passou a termo pejorativo, sendo associada à ignorância e ao analfabetismo. A mudança no tom e no sentido carrega ainda como consequência o questionamento moral e político do governo militar e seus feitos no campo educacional.
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De mãos dadas pela foz do rio Amazonas”: vilas e povoamentos na costa setentrional do Grão-Pará na segunda metade do século XVIII |
Author : Paulo Marcelo Cambraia da Costa |
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Abstract :Este artigo objetiva acompanhar as décadas iniciais de criação das vilas Vistosa de Madre de Deus, Nova Mazagão e São José de Macapá, localizadas na costa setentrional do Grão-Pará, aquelas vilas fizeram parte de um processo de urbanização da Amazônia na segunda metade do século XVIII. Evidenciaremos as tentativas do Estado Português em buscar a todo custo ocupar e defender a foz do rio Amazonas frente aos interesses dos outros Estados europeus, especialmente a França. Porém, demostraremos que as ações do Estado português foram bem limitadas pelas iniciativas e escolhas dos sujeitos que ali já estavam ou que foram trazidos para aquelas terras, especialmente indígenas e trabalhadores escravizados de origem africana.
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